A importância do Tombo de Balasar de
1542 – “Tombo de Santa Obaya de Balasar e Gondifellos e Sam Salvador de
Grisufe, enexa” – para a história da freguesia sobreleva a das Inquirições e
das Memórias Paroquiais.
A elaboração deste tombo foi promovida
pelo abade Manuel Gonçalves, o homem que está na origem da quinta que um dia
iria ser de D. Benta: sentia-se lesado nos seus interesses económicos, que não
eram pequenos. De facto, ele era “abade” não só de Balasar e sua anexa
Gresufes, mas ainda de Gondifelos e certamente S. Marinha de Vicente.
A quem não está habituado à leitura da
sua antiga escrita, ela oferece muitas dificuldades de interpretação. É por
isso de esperar que nalguns casos das transcrições que fazemos tenhamos errado.
Conteúdos
do documento (só os relativos a Balasar):
Título do Casal
da Igreja de Santa Ovaia de Balasar
Título do Casal
do assento de S. Salvador de Gresufe, anexa de Balasar
Título do Casal
de Vila Pouca
Título do Casal
de Além em que vive Domingos Martins e Pêro Fernandes
Título do Casal
das Corujas sito na freguesia de Santa Marinha de Vicente, em que mora João
Martins Pêro Galego: pagava foro a S. Salvador de Gresufes
Título da
demarcação de Balasar e São Salvador de Gresufe, sua anexa
Embora o Tombo da Comenda de Balasar de
1830-1832 não fale em títulos, aborda
todos estes temas (e alguns mais). Mas não há dependência do Tombo da Comenda
de 1830-1832 para com o da freguesia, de 1542, o que permite entre eles um
confronto esclarecedor.
Demarcação de Balasar e São Salvador de Gresufes,
sua anexa
Entre Gondifelos e Balasar, parte pelo cume
do monte à Pedra Negra, águas vertentes, sempre até ao monte de Agrava-Toiros,
e dali direito, águas vertentes, à bouça da fonte de Agrava-Toiros, onde se
há-de pôr um marco dentro da bouça que log o demarque, pouco mais ou menos
abaixo do caminho onde está outra fonte que se chama de Agrava-Toiros; vai até
ali (ilegível) entre uma igreja e a
outra.
Entre Balasar e Vicente (S. Marinha de Vicente, hoje Gondifelos), vai pelo dito ribeiro da
fonte de Agrava-Toiros até ao moinho de João de Braga e dali torna a entestar
na bouça da Portela e torna contra São Paio e vai até ao caminho que vai para
os casais de Além e vai pelo caminho até o monte de cima da Agra dos Fiães,
águas vertentes, e dali pelo valo do Lenteiro, direito à Cruz das Searas de São
Salvador, e dali torna direito à cangosta e pela cangosta até o rio e pela veia
do rio até o porto das Bouças e do porto das Bouças ao marco que está em cima
na mamoa e dali a um seixo branco que está dentro na bouça de Covilhã.
Entre São Veríssimo (S. Veríssimo de Pedrafita, hoje lugar de Cavalões) e Balasar, da Pedra Negra, sempre pelo cume do monte, águas vertentes, até ao
Xisto.
Entre Vilarinho e Balasar, parte pelo cume do
Xisto, vai até entre o Painho, pela cangosta do Caso, a monte Longo.
Entre Fradelos e Balasar, de monte Longo aos
Seixos de Aguiar e dali, sempre pelo cume do monte, até Car valhosa.
Entre São Martinho do Outeiro e Balasar, da
Carvalhosa à cangosta da mesma Carvalhosa e dali à fonte da Granja pegada com a
bouça de Bastião Peres.
Desta fonte,
parte entre Bagunte e Balasar: vai
pela cangosta acima, ao monte, águas vertentes, às Ameixoeiras e dali vai até,
águas vertentes, à cangosta de Vale de Flores, e fica de dentro da dizimaria de
Balasar uma bouça que está no valo que cavou João Álvares Bragas.
Desta cangosta
do Vale de Flores, parte entre Balasar e
Arcos e vai sempre pelo ribeiro abaixo até às bouças do Reguengo e dali
pelo valo da bouça, pelos valos, direito ao rio, até Aguaceiros e de Aguaceiros
abaixo até ao rio, e ficam as bouças da Quintã de Grefonso de Balasar, e do rio
vai para abaixo do Ruingela um pouco até à cangosta e pela cangosta à Pedra do
Couto.
Entre Rates e Balasar, parte da Pedra do
Couto ao marco que está acima do campo de Louças, que é um marco pequeno abaixo
da mamoa.
Entre Macieira e Balasar, deste marco ao
campo das Bouças e do campo das Bouças, pela estrada velha, ao marco que está à
beira do seixo, o marco que se chama Pedra Curveira.
Entre Negreiros e Balasar, vai deste marco ao
valo da Toureira da Covilhã e daí pelo valo às cangostas do Brito e pela
cangosta sempre ao dito seixo que está dentro na bouça da Covilhã, e ali acaba.
A delimitação
começa a ser feita a partir de onde se juntam Balasar, Negreiros e Gondifelos e
segue a direcção sul, poente, norte, nascente, ao contrário do que acontece com
o da Comenda, que começa em monte de Lobos e segue para nascente, depois para
norte, de seguida para poente e finalmente para sul.
Ainda eram
autónomas as freguesias de S. Marinha de Vicente (hoje de Gondifelos) e S.
Veríssimo de Pedrafita (hoje lugar de Cavalões) e por isso faz-se a delimitação
com elas; monte de Lobos não é mencionado; na delimitação com Bagunte, fala-se
do Vale de Flores, mas não da ermida da Senhora das Neves; a Rates ainda não se
chama comenda, mas couto.
É mencionada a
Pedra Curveira de que falavam as Inquirições: fica no ponto onde confrontam
Balasar, Negreiros e Macieira. São referidas duas mamoas, uma próxima de onde
limitam Balasar, Macieira e Rates, a outra no limite de Balasar com S. Marinha
de Vicente, pouco antes de começar a delimitação com S. Veríssimo de Pedrafita,
isto é, muito perto de Penices. Conhecem-se dois marcos chamados Pedra Negra,
mas à antiga Pedra Negra de entre Rates, Balasar e Arcos chama-se Pedra do
Couto.
A delimitação
com o Outeiro Maior pode estar errada.
Os
casais da Igreja
Havia vários casais – várias casas de
lavoura – que pagavam renda ao pároco de Balasar: um na área da antiga Balasar,
três em Gresufes e um em S. Marinha de Vicente. A posse destes casais deve ter
resultado de doações feitas na altura da criação das paróquias. Afora isso,
toda a gente lhe pagava o dízimo.
No tombo não se fala de emprazamentos;
isso deve significar que as pessoas que os trabalhavam teriam um estatuto
semelhante ao dos caseiros de há ainda décadas atrás. Os futuros emprazamentos
dar-lhes-iam um direito que redundou quase em posse.
Nestes casais são caso à parte os dois
dos assentos das igrejas de Balasar e Gresufes.
Casal da Igreja de “Santa Ovaya de Balasar”
Primeiramente,
uma casa sobradada que tem uma sala e duas câmaras e uma cozinha, todas
telhadas.
Outra casa
telhada que serve de câmara.
Pegado com o
cabido da dita igreja, quatro casas térreas telhadas e uma delas colmaça.
Uma casa colmaça
em que vive o caseiro.
Um eido com duas
cortes.
Mais duas cortes
de gado colmaças
Um pombal pegado
com as casas.
Um tapado que
levará um quarto de semeadura, que serve de colmeias.
Uma eira pegada
com o adro e abaixo da eira um cortelho tapado sobre si que levará de semeadura
um alqueire e meio.
Da parte do mar,
um campo tapado e valado sobre si; leva de semeadura nove alqueires.
Um pedaço de uma
devesa, tapado e valado sobre si, e pegado com ele, de contra a terra, um pomar
que levará de semeadura dois alqueires.
Um campo que se
chama a Seara, tapado e valado sobre si; leva de semeadura nove alqueires; não
tem confrontações porque todo é da igreja.
Um campo que se
chama da Rigada, tapado com valado sobre si; leva de semeadura seis alqueires;
parte da parte da terra com caminho do porto de Escariz e do norte com rio Este
e do vendaval com mato e do mar com Searas.
Um campo que se
chama do Pombal, todo tapado e valado sobre si, que leva de semeadura cinco
alqueires, com mato, que não dará pão; parte da terra com monte e do norte com
caminho e do mar com Searas e do vendaval com cangosta da bouça da Pateira.
Pegado com este
campo, outro campo tapado e valado sobre si; levará de semeadura oito alqueires
e parte do norte com caminho e das outras confrontações com terra da igreja.
Um campo pegado
com este, que é terra de água; levará de semeadura sete alqueires; parte do
vendaval com a bouça da Pateira e com Santa Vaia de Rio Covo.
Por contra o
mar, dois campos, um levará de semeadura quatro alqueires e outro quinze; estão
tapados e valados sobre si e partem da parte da terra com Searas e de todas as
outras partes com monte e saída do casal.
Uma azenha com
seu moinho alveiro.
Uma boucinha que
se chama da Porta, ruim terra; levará de semeadura três alqueires; parte de
vendaval com azenha e monte e do mar com o caminho do porto e do norte com o
rio e assim da terra.
Um campo que se
chama de Além do Rio, todo tapado e valado sobre si; tem a terça parte de
monte, que não dá pão; levará de semeadura cinquenta alqueires; parte do mar
com caminho e assim do norte e da terra com reguengo do Duque e vai ter ao
porto de Escariz e do vendaval com o rio Este.
Na agra outra
leira, que se chama do Casil do Faroleiro; uma leira que tem de largo dezasseus
varas e de comprido noventa e cinco varas; levará de semeadura quatro
alqueires; parte do norte com cangosta e do mar com Chavão, assim mesmo do
vendaval, e da terra com o Duque.
Nesta mesma
agra, uma leira que se chama de Revelhe; tem de longo cinquenta e quatro varas
e de comprido sessenta e quatro varas; levará de semeadura cinco alqueires;
parte do mar e vendaval com rio Este e da terra e norte com Chavão.
Na agra do Campo
do Lavradio, no meio, uma leira; tem em largo três varas e de comprido noventa
varas; parte por todas as confrontações com o Duque; levará de semeadura um
alqueire de pão.
No campo do
Costabe, no meio, uma leira que tem de largo três varas e de comprido cento e
trinta e três varas; leva de semeadura um alqueire; parte do vendaval com o rio
Este e de todas as outras confrontações todas com o Duque.
Na Agra da Vila,
em puso, uma leira que tem a redor do
rio que tem em largo dez varas e de comprido oitenta e sete varas; levará de
semeadura um alqueire e meio e disseram que não sabiam se era tão larga da
outra ao norte como da outra ao rio; parte da parte do mar com Chavão e Duque e
do vendaval com o rio e das outras confrontações com o Duque.
Na bouça da
Seara, na Agra do Fundo, uma leira; tem da parte do vendaval trinta varas e do
norte dez varas de largo e de comprido cento e vinte; levará de semeadura dois
alqueires; parte do vendaval com o rio Este e do norte e terra com o Duque.
A bouça da
Pateira, acima da Valinha, contra o mar, toda tapada e valada sobre si; estava
agora semeada; leva nove alqueires de semeadura.
Na Agra da
Fonte, uma leira que leva dois alqueires de semeadura; parte do vendaval com
cangosta e do mar com o Duque e do norte com a eira e da terra com pardieiros;
tem de contra o mar vinte varas e da terra onze varas e de comprido cinquenta e
quatro varas.
Tratando-se aqui da apegação e
demarcação do Casal da Igreja, onde ficava a igreja? Onde se localizavam as
propriedades?
Este casal, que deve corresponder hoje à
Casa Murado, que fica próxima do Cemitério, sofreu, primeiro, a desvinculação
das terras da futura Quinta de D. Benta, com certeza em tempo do Pe. Manuel
Gonçalves, e, mais tarde, ignoramos em que data, foi vendido, como se informa
em 1830. Mas a casa de origem, que era colmaça, ficava contígua à residência
paroquial.
Pelos confrontantes do norte do rio,
vemos que havia por ali várias terras reguengas (então do Duque de Bragança),
terras de Santa Vaia de Rio Covo e de Chavão.
Assento de S. Salvador de Gresufes, anexa de Balasar
Uma casa pegada
com a eira, em que vive Pêro Gonçalves, colmaça.
Outra casa da
adega, outrossim colmaça, em que o dito Pêro Gonçalves soía a viver e pegada
com ela outra casa de celeiro, colmaça.
Quatro eidos de
gado, colmaços.
Pegado com a
eira, uma casa colmaça, que serve de lagar.
E pegado com
casas de celeiro, uma latada de arredor com quatro ou cinco macieiras e levará
um homem de cava.
Pegado com esta
latada, um cortelho; levará de semeadura meio alqueire; parte do norte com
caminho e da terra com latadas e saída do casal e do mar com Searas e do
vendaval com a dita latada.
De contra a
acima dita latada, um bacelo com algumas árvores e carvalhos; levará dois
homens de cava; parte do norte com caminho e da terra com a eira de Domingos
Martins e do vendaval e mar com terra de mesmo casal.
Uma eira em um
campo todo tapado e valado sobre si e tem passante de sessenta carvalhos; dentro
levará de semeadura quinze alqueires; parte da parte da terra com leiras das
Searas e terra de Santa Vaia de Rio Covo e do norte com casas e bacelo e do mar
com Searas e com a Agra dos Valacos e do vendaval com terra de Santa Vaia de
Rio Covo.
O campo da
Seara, todo tapado e valado sobre si, tem de comprido cento e dezoito varas e
de largo sessenta e uma varas; levará de semeadura dezoito alqueires; e parte
do norte com caminho que vai para o porto dos Fiães e do mar com leira de Vila
Pouca e da terra com Agra dos Fiães e do vendaval com devesa de São Salvador[1].
Pegado com São
Salvador, um campo todo tapado e valado sobre si: parte da parte do mar com a
igreja e cortelho da mesma igreja e do norte com caminho e da terra com campo
da Eira e do vendaval com Landim; tem de comprido setenta e oiro varas e de
largo setenta varas; levará de semeadura dez alqueires.
Pegado com a
mesma igreja, um cortelho tapado e valado sobre si; tem de comprido sessenta e
sete varas e de largo vinte e sete varas; leva de semeadura três alqueires e
meio e parte da terra com Searas e do norte com caminho e do mar com ribeiro de
Oucela e do vendaval com o valo do moinho e terra de Landim.
O cortelho que
se chama da Searinha, todo tapado e valado sobre si; tem de comprido noventa e
cinco varas e de largo trinta e cinco varas; leva de semeadura dois alqueires e
meio; parte do vendaval com caminho da igreja e do mar com ribeiro da Oucela e
da terra com a Vinha da Seara e do norte com Vinha do Abade.
Um cortelho de
vinha; leva um homem de cava e parte da parte da terra com Vinha do Bacelo do
casal de Além e do mar com o cortelho da Searinha e do vendaval com o caminho e
do norte com Vinha do Abade.
Um campinho que
se chama que se chama de Cabidas, todo tapado e valado sobre si; leva de semeadura
três alqueires; tem de comprido cinquenta e sete varas e de largo vinte e nove
varas; parte do mar com caminho que vai para Gresufe e do vendaval com terra de
Santa Vaia e da terra com o pevidal do casal de Além e do norte com Landim.
Uma bouça que se
chama de Cima de Agrelos, tapada e valada sobre si; jaz de monte; levará de
semeadura oito alqueires; parte do norte com Santa Vaia de Rio Covo e Landim e
Farelães (Fralães) e do mar com o
monte de Sob-Agrelos e do vendaval com bouça da Fonte de Pegas e da terra com
valo de Vila Pouca.
Disse Pêro
Gonçalves, caseiro de São Salvador, que dentro no campo da Costeira, de contra
o vendaval, estava um pedaço de campo e que não sabia por onde ia e que lhe
parecia a ele e aos homens bons que em baixo estão declarados que ia por um
cômoro em que estão dois carvalhos, os quais parece que estavam no valo e assim
vai em redor por a terra até dar no valo da Silveira e porém que se remetiam ao
tombo de Santa Vaia.
A bouça da
Devesa, toda tapada e valada sobre si, tem de largo setenta e duas varas e de
comprido setenta e oito varas; levará de semeadura doze alqueires, pouco mais
ou menos, a qual bouça é a metade de Santa Vaia de Rio Covo e a outra metade
das Searas de São Salvador e partem a vara assim: numa parte como na outra pela
qual bouça está serventia dos de Gresufe. E a dita bouça da Devesa parte do
norte com a dita bouça e do mar com Searas e do vendaval com Santa Vaia e da
terra com bouças do Sotoso (?) do
casal de Além.
Na saída dos
casais de Além e contra São Paio, uma bouça, terra muito ruim, tapada e valada
sobre si; parte do vendaval com caminho e do mar e do norte com Lenteiro e de
contra o mar disse Pêro Gonçalves que fora já de Rigança, com o abade velho, e
que deram a Landim dentro nesta bouça quanto levará um quarto de linhaça de
semeadura; e da terra parte com o monte.
A bouça da
Gravateira, tapada e valada sobre si, tem no meio um valo velho e de uma parte
e da outra foi monte e o mais um campo que leva duas valas (?); terra muito ruim; levará de semeadura doze alqueires.
A bouça da
Portela que foi tomada por o casal que estava por valo velho. Dizem que não
sabem se a tomou a igreja; foi tomada há quinze anos e mais; se não for da
igreja, amostrando se de outra parte, demandará sua justiça.
Uma Seara da
Vinha, que estava a metade de campo, que traz o abade; levará de semeadura dez
alqueires e tem uma devesa a qual anda em três, que agora traz o abade um terço
e o casal de Além outro terço e o casal de Vila Pouca outro terço; parte do mar
com o ribeiro de Oucela e do vendaval com cortelho das Searas e Vinha e campo
da Eira de Além e da terra com campo de Além e do norte com Searas e campo da
Seara.
Um pevidal que
traz Pêro Álvares, caseiro de Balasar; levará um homem de cava; todo tapado
sobre si; parte de todas as partes porque está cercado com o ribeiro de Oucela.
Se se conseguisse localizar este
“assento de S. Salvador de Gresufes”, ficaria localizada a mesma igreja. A que
casa de Gresufes corresponderia este casal? Seria a da Torre? Não fica claro:
as propriedades demarcadas por referência à igreja são-no de modo pouco
esclarecedor para a localização.
A paróquia de Gresufes proporcionava ao
pároco um rendimento talvez maior que a de Balasar.
Os campos e as bouças distribuem-se por
Gresufes, por Além, por Agrelos e até há uma na Gravateira, em S. Veríssimo
(Cavalões).
Fica-se a saber que Fralães (Farelães)
ainda possuía ali propriedades.
Ainda não se fala de comendas.
O ribeiro que em 1830 há-de ser de S.
Salvador era então de Oucela.
As casas eram ainda colmaças. As
propriedades estavam cuidadosamente delimitadas por valos, que deviam ser
valados.
[1] A
medição deste campo, em 1830, foi feita nestes termos:
Item, o Campo da Seara, que é lavradio,
com videiras, circundado sobre si, e tem de comprido, do norte ao sul pelo lado
do nascente, cento e cinquenta varas e meia; pelo poente tem cento e trinta
varas; e de largo, pelo nascente, tem sessenta varas; e pelo sul tem oitenta e
nove varas. Parte do nascente com terras chamadas as Agras dos Feijões,
foreiras ao Convento de Vairão e ao Convento de S. Bento das Freiras da cidade
do Porto; do poente com Campo da Senra; do norte com caminho que vai para a
ponte dos Fiães; e do sul com o talho da Devesa da Bouça de Baixo, que possui
Manuel Francisco Malta.
Levará de semeadura quinze alqueires de
centeio: possui-o o caseiro Manuel Francisco Malta.
Professor José Ferreira,
ResponderEliminarUm ramo da minha família no Brasil, veio de Balasar. Gostaria imenso de saber mais sobre Balasar e Manoel Francisco Malta, meus 4º, 5º e 6º avô, todos Manoel Francisco Malta, sendo 6º nascido em Gondifelos 1760 sendo o pai José Francisco Malta de Balasar. Segue meu contato: origemdafamilia@gmail.com
Maria das Graças Alves