quinta-feira, 13 de junho de 2013

Tábua cronológica geral da história de Balasar

2.500 a.C. (c.) – Constroem-se os monumentos megalíticos das mamoas e talvez o menir da Pedra Negra.
400 a.C. (c.) – Outeiros.
600 (c.) – Vila Pouca, Vila Nova, Vila do Casal.
953 - A “Kartula de Villa Comitis, in Ripa Maris” menciona os “filhos de Gresulfo”; pode ter sido este homem que deu origem ao nome de Gresufes.
1090 (c.) – O Censual do Bispo D. Pedro menciona pela primeira vez S. Eulália de Lousadelo e Gresufes.
1160 (c.) – D. Paio Correia o Velho é dono de Gresufes (e de parte de S. Marinha de Vicente e de parte de S. Veríssimo, depois anexada a Cavalões).
1180 (c.) – D. Pêro Pais Correia passa algum tempo na Vila do Casal. Por esta altura deve ter sido construída a igreja do Matinho.
1220 – As Inquirições de D. Afonso II fazem menção de S. Eulália de Belsar, onde assinalam a Pousa Real, de Rico-Homem e de Mordomo; ignoram Gresufes.
1225 (c.) Contenda dos homens do reguengo de Agistrim com os do couto de Macieira.
1258 – As Inquirições de D. Afonso III voltam a mencionar a Pousa Real, de Rico-Homem e de Mordomo e assinalam o amádigo de D. Pêro Pais Correia na Vila do Casal; Gresufes pertencia a D. Paio Soares Correia o Velho (já teria morrido).
1343 – As inquirições deste ano mencionam em Balasar a Ponte de Guardes e da Curucânio; aventa-se a hipótese de construir uma igreja paroquial na Póvoa de Guardes. Já se não menciona a Pousa Real.
1422 – D. Fernando Guerra anexa Gresufes a Balasar.
1528 – Gresufes está anexa a Gondifelos. Um documento da Casa da Granja na Gandra menciona um Estêvão Ferreira, que fora senhor de Cavaleiros, no Outeiro Maior, e que deve ter possuído largos haveres em Balasar.
1542 – O pároco Manuel Gonçalves manda fazer o Tombo de Santa Ovaya de Balasar e Gundifelos e Gresufe, sua anexa.
1551 – Gresufes, anexa a Balasar, estava em “ermida sem cura” (sem sacerdote).
1560 (c.) – Casamento de Margarida Álvares com Gomes Carneiro, de Vila do Conde (início da família dos Carneiros da Grã-Magriço).
1608 – A Comenda de Balasar redige o seu tombo.
1622 – Primeiros Registos Paroquiais chegados à actualidade.
1700 (c.) – O P.e Carvalho da Costa escreve sobre Balasar.
1701 – Domingas Gomes oferece um ex-voto à Senhora das Neves.
1727 – Nasce D. Benta.
1737 – Bênção da nova capela-mor da Igreja Paroquial.
1737 – António da Costa Soares constrói a Capela da Senhora da Piedade.
1736 e 1758 – O P.e António da Silva e Sousa dá várias notícias sobre a freguesia nas Memórias Paroquiais.
1741 – Casamento de D. Benta com Manuel Nunes Rodrigues.
1758 – Manuel Nunes Rodrigues coloca a lápide tumular na Capela da Senhora da Lapa que mandara construir.
1760 – Morre Manuel Nunes Rodrigues e é sepultado no seu túmulo da Capela da Senhora da Lapa.
1770 (c.) – D. Benta manda fazer a ponte sobre o rio Este.
1774 – Falece a mãe de D. Benta, a 8 de Março, e é sepultada na Capela da Senhora da Lapa; falece D. Benta, em 14 de Abril, em casa do filho, na Póvoa de Varzim, e é sepultada na matriz local.
1783 – Construção do Nicho do Senhor dos Aflitos. A construção de vários nichos das Almas há-de ter acontecido em tempos próximos.
1788 – Tombo de Gondifelos, que contém informação útil para Balasar.
1795 – Falece Manuel Carneiro da Grã-Magriço, filho de D. Benta e antigo vereador da Câmara Municipal poveira.
1806 – Falece em Balasar o pai da Viscondessa de Azevedo e é sepultado na igreja local, onde virá a ser sepultada também a sua esposa, D. Francisca.
1820 (c.) – Cai a ponte de D. Benta.
1830-1832 – Redacção da última versão do tombo da Comenda de Balasar.
1832 – Aparição da Santa Cruz, no lugar do Calvário; diligências para a criação da Capela da Santa Cruz.
1834 – Expulsão do jovem reitor Manuel José Gonçalves da Silva (Abril); “Carta de Sentença Cível de Património da Capela da Santa Cruz de Jesus Cristo colocada na freguesia de Santa Eulália de Balasar” (Setembro). Início do cisma liberal.
1836 – Balasar, que pertencia ao concelho de Barcelos, passa para o da Póvoa de Varzim.
1837 – António José dos Santos é juiz de paz.
1839-1841 – António José dos Santos é administrador do concelho. Banditismo em Balasar e arredores.
1841 – O pároco expulso regressa à sua reitoria. Fim do cisma liberal.
1845 – O P.e Domingos da Soledade Silos redige o inquérito paroquial.
1846 – Maria da Fonte. António José dos Santos é eleito administrador do concelho, mas não assume o cargo; fica porém a integrar a comissão municipal.
1850 – Morre Custódio José da Costa.
1853 – Balasar transita para o concelho de Vila Nova de Famalicão.
1855 – Balasar regressa ao concelho da Póvoa. Falece D. Francisca, mãe da Viscondessa, na casa dos Viscondes de Azevedo (Palacete de Santo António do Penedo), no Porto.
1860 – Morre em Lisboa o comendador José Pedro dos Santos, balasarense que fizera fortuna em S. Luís do Maranhão, Brasil. Construção da ponte nova do Cubo.
1862 (c.) – É aberta a estrada real n.º 31, que passa a norte de Balasar.
1862-1862 e 1864-1865 – António Fernandes Campos de Sousa, de Lousadelo, foi vereador da câmara poveira; parece não ter beneficiado a freguesia. Foi pai do pároco P.e Manuel Fernandes de Sousa Campos.
1867 – A Junta de Paróquia pede ao Governo uma “cadeira de instrução primária”.
1868-1869 e 1870-1871 – José Domingues Furtado é vereador municipal.
1870 (c.) – Início da instrução primária oficial para meninos.
1877 – Abertura da linha do caminho-de-ferro da Póvoa de Varzim para Vila Nova de Famalicão. Reconstrução da ponte de D. Benta.
1878 – José Domingues Furtado voltou à câmara, mas abandonou voluntariamente o cargo de vereador, que só ocupou em parte desse ano. Abertura da estação das Fontainhas; começa a renovação da rede viária de Balasar (estradas e pontes) que se vai prolongar por uns bons sessenta anos. Construção do edifício da escola primária.
1886 – Morre a Viscondessa de Azevedo.
1895 – O P.e António Martins de Faria publica o poema a Santa Eulália.
1903-1919 – Após a morte violenta de um ex-regedor na festa do Senhor da Cruz, em 1903, esta é suspensa até 1919.
1904 – A 30 de Março, nasce em Gresufes a Beata Alexandrina. Morre Manuel Boucinhas.
1904-1907 – Questão da Fonte de Gresufes.
1905-1908 – Manuel Joaquim de Almeida é vereador da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim. É aberta a estrada desde a Quinta até Gresufes.
1906 – Reconstrói-se a ponte de D. Benta.
1907 – É demolida a Igreja do Matinho e a segunda capela da Santa Cruz e começam as obras da nova Igreja Paroquial.
1909 – No final do ano, abre ao culto a nova Igreja Paroquial ainda por concluir.
1910 – Advento da República, que teve poucas consequências imediatas para a freguesia.
1911 – Iniciam-se as obras de ampliação do cemitério; a pequena Alexandrina vai estudar para a Póvoa de Varzim. Arrolamento dos bens paroquiais por Santos Graça, administrador.
1914 – Manuel Joaquim de Almeida, que concorrera à Junta com uma lista de independentes, retira-a aos democráticos.
1915 – É concluído o cemitério paroquial.
1919 – Na sequência da Monarquia do Norte, os republicanos retomam a direcção da Junta, sob a presidência de Lino Ferreira. Mudança de pároco: entra o P.e Manuel de Araújo. Manuel Lopes dos Santos Murado é vereador republicano na segunda metade deste ano e na totalidade do seguinte.
1925 – A Beata Alexandrina acama definitivamente.
1928-1942 – Grave crise económica na freguesia que leva à ruína mais duma dezena de grandes casas de lavoura.
1929 – Criação da Feira das Fontainhas.
1931 – Início das aulas para meninas em casa alugada.
1932 – Ataque aos protestantes.
1933 – Mudança de pároco: entra o P.e Leopoldino Mateus. Obras na Capela da Santa Cruz. Nesse ano e no seguinte, é publicado n’A Propaganda um longo estudo sobre a Santa Cruz, provavelmente da autoria do P.e Leopoldino.
1937 – Ampliação da escola para proporcionar uma sala para cada sexo.
1937-1940 – O industrial das Fontainhas José António de Sousa Ferreira ascende a vereador.
1941 – O P.e Terças dá a conhecer as vivências místicas da Alexandrina ao país.
1942 – Consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, de que a Beata Alexandrina foi a mensageira. Começo o jejum. Pesquisa de volfrâmio na freguesia.
1944 – Veredicto contra a Alexandrina que acaba por chamar ainda mais sobre ela a atenção popular.
1947 – Sai no Jornal de Notícias uma reportagem notável sobre a Alexandrina.
1950 – Chega a energia eléctrica a Balasar.
1951 – Inauguração da escola primária das Fontainhas. O médico João Ferreira Gonçalves da Costa ascende a vereador.
1952-53 – O extraordinário afluxo de visitas à Alexandrina motiva as atenções da Câmara Municipal que efectua alguns melhoramentos viários. Polémicas em jornais.
1955 – A Beata Alexandrina morre a 13 de Outubro. O seu funeral foi um acontecimento como nunca se vira nas redondezas. Ergue-se o cruzeiro paroquial.
1956 – Mudança de pároco: entra o P.e Francisco de Azevedo. Publicação d’Uma Vítima da Eucaristia.
1957 – O Dr. Azevedo cria o Boletim de Graças.
1958 e 1959 – O P.e Leopoldino publica o seu estudo toponímico sobre Balasar e o estudo sobre a Santa Cruz.
1966 – Fundação da Algot; começa a laborar no ano seguinte.
1968-1973 – Processo Informativo Diocesano da Beata Alexandrina, passo moroso e dispendioso, mas fundamental para se chegar à Beatificação.
1977 – Ampliação da Igreja (capela-mor), com remoção dos altares laterias e da talha; colocação dos vitrais.
1978 – Trasladação dos restos mortais da Beata Alexandrina para o túmulo da Igreja Paroquial.
1982-1988 – Guerra dos Eucaliptos.
1985 – S. Pedro de Rates é substituído por S. Martinho de Dume como padroeiro da Diocese de Braga confirmando o termo duma devoção que em Balasar já se extinguira.
1995 – Encerramento definitivo da Algot.
1994 (21/12) - Inauguração da sede da Junta de Freguesia.
1996 – Publicação do Decreto das Virtudes Heróicas da Beata Alexandrina.
2004 – Beatificação da Alexandrina. Mudança de pároco: entra o P.e José Granja.

2010 – Mudança de pároco: entra o P.e Manuel Casado Neiva. É criada a Fundação Beata Alexandrina.